“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé do evangelho”. Filipenses 1: 27
Este texto fala de relacionamento de unidade; de viver focado num mesmo alvo, de forma tal que mesmo o líder estando presente ou não o corpo funcione perfeitamente. A igreja entendeu que para que isto aconteça é necessário algo chamado “aliança”.
O que é uma aliança? É um conjunto de normas que protegem um relacionamento. Deus institui uma aliança para que, ao cumprirmos as normas desta aliança, estejamos em comunhão com ele e possamos assim receber dele as suas bênçãos e seus benefícios. Quando uma aliança é quebrada pelo não cumprimento das normas, o pecado cometido, então, impedirá a bênção e o benefício de Deus em nossas vidas, pois o pecado faz separação entre nós e Deus.
A bíblia relata vários exemplos de alianças, entre elas: adâmica; noética; abraâmica; davídica; a nova aliança; mas também encontramos outras como a aliança do casamento e a aliança com a igreja, que é o nosso tema abordado aqui.
Pelo batismo nas águas você dá testemunho público de que não apenas fez uma aliança com Cristo, mas também com a igreja local. Jesus é o cabeça e os discípulos membros uns dos outros, formando um só corpo. Quando você decide se tornar parte deste corpo, está na realidade fazendo uma aliança com Jesus e os irmãos.
Aprenda uma coisa: você não está só na igreja! Você pertence a um corpo e o que você faz reflete no corpo. O pecado de Acã refletiu em Israel. Um só pecou, mas o povo sofreu (Josué 7). As nossas atitudes podem escandalizar aqueles que são mais fracos na fé (1 Coríntios 8). Somos um só corpo e o que um faz reflete no outro. Se o pé está doente, todo o corpo sofre. E ainda mais, os nossos erros podem fazer com que os inimigos de Deus blasfemem (2 Samuel 12). Precisamos entender que temos uma aliança com a igreja, e a igreja é Jesus (a cabeça) e os irmãos (o corpo).
Por não estarmos sós também entendemos que existe a necessidade de uma prestação de contas diante da igreja. No texto de Mateus 18: 15 a 17 encontramos isto claramente. Neste texto alguém que foi encontrado em pecado é exortado por um irmão da igreja; se não houver resposta então se apresentam agora dois ou três irmãos da igreja que tentarão convencer aquele que está em pecado a arrepender-se; mas se este não se arrepender a questão é levada a toda a igreja local, e se o irmão em pecado não ouvir à igreja, será excluída desta.
Liderança e submissão não têm qualquer significado onde não há compromisso de prestação de contas.
A aliança com a igreja envolve privilégios, mas também responsabilidades, tanto da liderança como da membresia. Os líderes devem estar prontos a equipar, cuidar, ensinar, exortar e servir à igreja; assim como os discípulos devem estar prontos a respeitar e a serem submissos, entendo, porém que estes líderes não são infalíveis e também não tomam o lugar de Jesus Cristo.
Vejam alguns exemplos práticos dos privilégios que recebemos pela aliança que temos com a igreja:
- Cobertura espiritual – oração e orientação.
- Ensino bíblico – instrução.
- Comunhão.
- Ajuda social.
Agora, porém vejamos algumas responsabilidades práticas que temos para com a igreja:
- Participar dos cultos, reuniões e eventos.
- Vida de santidade.
- Discipulado
- Proteger a unidade da igreja (sobre este ponto medite em Provérbios 6: 16 a 19).
- Cooperar com a liderança (sobre este ponto vejamos o que diz Hebreus 13: 17 – “Obedecei a vossos líderes, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos será útil”).
A igreja local de Jesus Cristo é, certamente, um corpo de discípulos aliançados com Cristo e uns com os outros. Esta é a comunidade mais maravilhosa que existe na terra. Todos olham na mesma direção: Cristo! Todos têm o mesmo corpo de doutrinas e os mesmos princípios bíblicos como um modelo a seguir. Todos são propriedade exclusiva do Deus todo-poderoso, um povo santo, marcado por Cristo como sua noiva destinada a reinar com ele em glória.
– Glórias ao Deus eterno –